ADAPTÓGENOS, UMA ALTERNATIVA PARA REDUZIR OS NÍVEIS DE STRESSE

Los adaptógenos

 

Sabia que, de acordo com o Relatório da Situação do Local de Trabalho Mundial de 2023, o ano de 2022 foi reportado como um ano recorde nos níveis mais elevados de stresse para trabalhadores em todo o mundo? Segundo este relatório, em 2019, devido à Covid-19, 38% dos funcionários em todo o mundo perceberam estar stressados devido ao encerramento de fronteiras e locais de trabalho, bem como à redução de postos de trabalho.

No entanto, na pesquisa de 2022, essa percentagem aumentou significativamente para 44% dos trabalhadores, que afirmaram sentir-se stressados no trabalho, por falta de interesse nas suas atividades ou porque tiveram mais discussões com os seus superiores. Mas o que é o stresse e o que nos provoca?

COMPREENDER O STRESSE

A palavra stresse deriva do latim “stringere”, que significa “provocar tensão”. De acordo com Selye (1956), médico investigador, o stresse é a “resposta inespecífica do organismo a qualquer demanda que lhe é feita”. O corpo, em situações de stresse, apresenta diferentes sintomas que mobilizam as reservas energéticas para se defender.

O objetivo dessa reação é compensar a tensão, de modo a que o organismo recupere o seu equilíbrio normal (homeostase) o mais rapidamente possível. A resposta biológica a essas demandas pelo metabolismo é produzir diferentes substâncias, que podem ser tóxicas e impactar na saúde da pessoa, dependendo do nível em que são geradas. Entre as substâncias mais comuns provocadas durante as diferentes fases do stresse, encontram-se a adrenalina, noradrenalina, cortisol e aldosterona.

OS SINTOMAS DO STRESSE

O stresse a que estamos expostos diariamente devido ao nosso estilo de vida pode ser físico, doença ou lesão; emocional, depressão ou ansiedade; mental, pensamentos obsessivos; e ambiental, frio ou calor extremo, ruído; ou uma combinação de vários deles. Os sintomas afetam a nossa qualidade de vida e manifestam-se normalmente como: fadiga, lapsos de memória, diminuição do desempenho intelectual, dor de cabeça, tensão muscular, sintomas gastrointestinais e insónia.

Já se sentiu assim em algum momento? Certamente que sim, pois todos nós estamos constantemente sujeitos a situações que geram stresse; no entanto, é importante saber como gerir e regular as reações que ocorrem para reverter esses sintomas e evitar que o stresse se torne crónico e afete significativamente o seu desempenho.

UMA SOLUÇÃO PARA O STRESSE: ADAPTÓGENOS

Existem muitas ferramentas que podem ajudar, como terapias psicológicas, atividade física, técnicas de meditação e respiração, descanso e nutrição. Uma alimentação equilibrada é fundamental para reduzir os efeitos adversos do stresse; no entanto, muitas vezes, com a dieta não conseguimos complementar todos os nutrientes de que precisamos para que o nosso organismo combata o stresse.

Felizmente, hoje em dia existem suplementos naturais que demonstraram ter um efeito benéfico na saúde e reduzir os níveis de stresse, entre os quais se destacam os adaptógenos. 

¡¿Adapto… o quê?! Deve estar a perguntar…

ADAPTÓGENOS: BENEFÍCIOS

Tal como o nome sugere, os adaptógenos são plantas ou raízes que podem ajudar o metabolismo a adaptar-se ao seu ambiente e têm sido consumidos como medicina tradicional por milhares de anos na Índia, China, Coreia e Japão. Atualmente, estudos científicos têm demonstrado os seus benefícios.

O seu consumo constante pode aumentar a resistência ao stresse, incrementar a resiliência, adaptabilidade e sobrevivência do organismo perante diferentes fatores e favorecer as funções fisiológicas normais. Estes efeitos benéficos têm sido associados a diversos mecanismos, entre os quais se destaca a modulação dos níveis de hormonas relacionadas com o stresse, como o cortisol.

TIPOS DE ADAPTÓGENOS

Existem diferentes tipos de adaptógenos como a Rodiola (Rhodiola rosea), o Eleuterococo (Eleutherococcus senticosus), e a Ashwagandha (Withania somnifera), que podem ser consumidos de forma segura e o seu uso para aliviar os sintomas de stresse foi aprovado pelo Comité de Plantas da Agência Europeia do Medicamento (Committee on Herbal Medicinal Products, HMPC).

Rodiola

O seu consumo tem um efeito ao nível do eixo hipotálamo-hipófise-adrenal, ajudando a diminuir a secreção endógena e a equilibrar os níveis plasmáticos de cortisol. É recomendada pela sua capacidade de estimular o sistema nervoso, melhorar os resultados no trabalho, diminuir a fadiga e aumentar o desempenho mental.

Eleuterococo

Esta planta tem sido tradicionalmente utilizada como tónico para combater os sintomas de fadiga e fraqueza e em vários estudos foi observada atividade anti-stresse, anti-inflamatória, imunomoduladora e antioxidante. Recentemente, tem sido estudado o seu efeito sobre sintomas de neurose, fadiga crónica e transtornos de bipolaridade, com resultados interessantes que incentivam a continuação da investigação para fornecer conclusões específicas.

Ashwagandha

A sua ingestão pode promover a saúde e a longevidade, melhorando o sistema imunitário, retardando o processo de envelhecimento, revitalizando o corpo em situações de fraqueza e criando uma sensação de bem-estar.

Normalmente, os adaptógenos podem ser encontrados em apresentações em pó e pode simplesmente adicioná-los a um batido ou ao café para começar a sentir os seus benefícios. Atreva-se a experimentá-los e a ser constante para descobrir como o seu corpo reage e se adapta às situações que enfrenta diariamente. Lembre-se que a gestão do stresse é integral e que o uso de adaptógenos é apenas mais um fator que pode incluir nas suas rotinas para melhorar a saúde.